Quem financia a pesquisa brasileira? Um estudo InCites sobre o Brasil e a USP

Financiar é o ato de fornecer recursos, geralmente financeiros, para sustentar uma atividade, programa ou projeto de um pesquisador, grupo, instituição ou empresa. Nas universidades e institutos de pesquisa, a modalidade mais comum é de financiamento não comercial da pesquisa, obtido a partir de agências governamentais, conselhos de pesquisa ou entidades filantrópicas. 

Funds

As organizações de financiamento realizam extensas consultas para determinar prioridades, visando adaptar os investimentos às mudanças, contemplar novas demandas e campos científicos, algo especialmente importante quando há redução de recursos. Entretanto, essas decisões são difíceis e controversas, uma vez que as avaliações estão bastante centradas na competição de projetos e impacto de citações. A escassez de dados de impacto social pode explicar parcialmente porque muitos indicadores e métodos de avaliação simplificados dominam as análises no setor público [1]. Ainda assim, concessões maiores não levam necessariamente a descobertas maiores. Também é verdade que algumas áreas simplesmente recebem mais financiamento que outras.

Estudo realizado a partir de dados obtidos na Plataforma InCites (Thomson Reuters/Clarivate Analytics) revela quais são as entidades de financiamento que mais investem na pesquisa brasileira e na Universidade de São Paulo (USP). O levantamento foi feito entre os dias 03 e 19 de julho de 2018, a partir de conteúdos da Web of Science indexados até 29 de abril de 2018 e dados atualizados no InCites em 16 de junho de 2018.

Utilizando o Módulo Funding Agencies do InCites, foi possível levantar por localização geográfica e por nome da organização os dados de financiamento coletados da seção de Agradecimentos (Acknowledgments) ou Rodapé dos artigos publicados e indexados na base Web of Science (Figura 1). Ainda que as atribuições de concessão com base em texto apresentem falsos positivos e falsos negativos – a taxa de atribuições imprecisas é de pelo menos 25% – e que as atribuições imprecisas possam ter, elas próprias, vieses de redação e interpretação, insights significativos podem ser obtidos a partir da análise desses dados [1]. Os resultados aqui apresentados não têm a pretensão de serem exaustivos. Buscam apenas evidenciar o potencial de uso da Plataforma InCites. 

QUEM FINANCIA A PESQUISA NO MUNDO?

Um dos trabalhos mais abrangentes em termos de identificação digital de financiadores de pesquisa tem sido realizado pela Crossref, agência internacional conhecida pela atribuição do Digital Object Identifier (DOI) a documentos. O banco de dados de registro de financiadores mantido pela Crossref – FundRef – congrega atualmente 18.067 entidades ativas de financiamento da pesquisa conectadas a 2.188.220 trabalhos publicados. É possível buscar informações sobre financiadores e publicações na plataforma de busca por meio do link https://search.crossref.org/funding – conforme demonstra a Figura 2 abaixo. O objetivo é fornecer informações claras, transparentes e mensuráveis ​​sobre quem financiou a pesquisa e onde ela foi publicada, ligando os financiamentos aos documentos e conteúdos produzidos. 

Figura 2 – Interface de busca FundRef – Crossref

Muito dinheiro tem sido aplicado na chamada Big Science (grande ciência), fenômeno da ciência da segunda metade do século XX relacionado a projetos de grande porte geralmente financiados por governos ou grupos governamentais [2], algumas vezes em detrimento da Small Science [3]. O Projeto de 100.000 Genomas vai queimar 300 milhões de libras quando os pesquisadores que sequenciam o projeto genético de muitos seres humanos tiverem concluído seus estudos. Estima-se que o Bóson de Higgs (física de partículas) ligado ao CERN já tenha custado 8 bilhões de libras. O International Fusion Experiment (ITER), é outro projeto mundial orçado em 12.8 bilhões de dólares. A iniciativa European Spallation Source (ESS) está avaliada em 1.843 milhões de euros. À medida que a Big Science se torna ainda maior, sua escala reflete-se nas imensas listas de autores em artigos científicos e aportes financeiros gigantescos [4]. Fortin e Currier (2013) [5] sugerem que o impacto científico (conforme refletido nas publicações) é mais influenciado pela diversidade que pela concentração de investimentos.

Em termos mundiais, o levantamento realizado na Plataforma InCites revela 1.032 entidades de financiamento ativas no mundo (2011-2018), mencionadas nos textos dos documentos indexados na base Web of Science. A maior agência de financiamento de pesquisa é a National Natural Science Foundation of China (NSFC), entidade destacada pela produtividade. Neste momento, é a entidade com maior número de trabalhos publicados e indexados na base Web of Science: foram 1.201.687 documentos produzidos a partir de projetos financiados entre 2011 e 2018. Não tão perto, estão os National Institutes of Health (NIH) com 588.762 documentos e a National Science Foundation (NSF), com 387.801 documentos produzidos no período. A Figura 3 apresenta os Top 10 maiores financiadores de pesquisa no mundo por número de documentos publicados (2011-2018). Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 3 – Top 10 financiadores da pesquisa mundial por número de documentos (2011-2018) Fonte de dados: [11]

A Figura 4, a seguir, apresenta os principais financiadores por número de citações e documentos (2011-2018). Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 4 – Principais financiadores mundiais por número de citações e documentos (2011-2018).Fonte de dados: [11]

Os resultados indicam uma correlação positiva entre financiamento e impacto. Todavia, é preciso ter cautela com análises superficiais, porque podem levar a equívocos. E no Brasil? Como está o financiamento das pesquisas no Brasil?

QUEM FINANCIA A PESQUISA BRASILEIRA?

O financiamento da pesquisa no Brasil se dá por meio de diferentes sistemas e instituições de fomento, que estão ligadas direta ou indiretamente aos ministérios brasileiros e são: CNPq, FINEP, CAPES, FNDCT, BNDES, além das agências estaduais que constituem as FAPs – Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisa agrupadas no CONFAP. Há também leis de Incentivo Fiscal e Fomento à Inovação, financiamentos empresariais e institucionais. Saiba mais consultando a página de Agências e Oportunidades de Financiamento no website Apoio ao Pesquisador.

No Brasil, ninguém ignora a atual situação dos investimentos governamentais em pesquisa. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) apresenta dados de recursos investidos na pesquisa no Brasil [6] e algumas informações chegam aos pesquisadores e instituições por meio de divulgação à imprensa ou websites [7] [8] [9]. Em meio à crise econômica, muitos entendem que o pesquisador brasileiro deve preparar-se melhor para pleitear insumos financeiros internacionais e deve ser mais competitivo [10], para atenuar o impacto dos cortes do orçamento governamental. Nesse sentido, conhecer a situação atual de financiamento no Brasil do ponto de vista dos financiadores é importante. 

As principais agências de financiamento da pesquisa – CNPq e CAPES – enfrentam problemas com a redução de orçamento. A escassez de recursos afetou o CNPq, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em todas as metas na concessão de bolsas e apoios, como demonstra o gráfico a seguir (Figura 5). Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 5 – Painel de investimentos do CNPq (2001-2018)

A CAPES também foi afetada pelos recentes cortes. Vinculada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), de 2015 a 2017 teve uma perda anual de R$ 1 bilhão. A última atualização do painel de investimentos da Capes sobre concessão de bolsas mostra uma diminuição desde 2014, quando existiam 105.791 beneficiários nas pós-graduações pelo país. Em 2016, o número passou baixou para 100.433, um corte de 5,3 mil. Em julho de 2018, o MEC anunciou a liberação de R$ 160 milhões para a Capes. Os recursos serão aplicados ao pagamento de auxílios, bolsas e incentivo ao ensino (graduação e pós-graduação) e à pesquisa e extensão.

O levantamento realizado na Plataforma InCites revela como está o financiamento da pesquisa nos estados brasileiros, contabilizada a partir do número de documentos publicados. O estado brasileiro com maior produtividade e financiamento é São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A Figura 6, a seguir apresenta a distribuição percentual de documentos financiados por estado. Note-se que é possível haver sobreposições de dados em decorrência das co-autorias entre pesquisadores de diferentes estados. 

Figura 6 – Distribuição percentual de documentos publicados por estado de projetos financiados (2011-2018). Fonte de dados: [12]

Os três órgãos que mais financiaram pesquisa no Brasil de 2011 a 2018, de acordo com o número de documentos publicados, foram o CNPq (122.967), CAPES (70.048) e FAPESP (56.667). A Figura 7 a seguir apresenta o Ranking de financiadores da pesquisa brasileira por nº de documentos (2011-2018). Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 7 – Ranking de financiadores da pesquisa brasileira por nº de documentos (2011-2018) Fonte de dados: [12]

Percentual de documentos citados também variou de acordo com o órgão financiador, como demonstra a Figura 8 a seguir. Embora os números sejam positivos, observa-se que artigos de projetos subsidiados por entidades estrangeiras tiveram apresentaram maior percentual de citação. Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 8 – Percentual de documentos citados de acordo com o financiador (2011-2018). Fonte de dados: [12]

O financiamento também varia de área para área de pesquisa. Utilizando os campos de conhecimento das revistas científicas como um proxy das áreas de pesquisa, é possível observar que certas áreas se destacam mais que outras. Considerando as vinte principais entidades financiadoras da pesquisa no Brasil no período de 2011 a 2018, as áreas de mais destaque são Biologia Molecular e Bioquímica (8.873 documentos), Ciências das Plantas/Biologia Vegetal (6.444 documentos), Ciência dos Materiais (6.259), Farmácia e Farmacologia (6.201 documentos), para citar algumas. A Figura 9 exibe o mapa com as vinte principais áreas de pesquisa (classificação Web of Science) financiadas e respectivo número de documentos produzidos no período. 

Figura 9 – Top 20 principais áreas de pesquisa financiadas no Brasil por nº de documentos (2011-2018). Fonte de dados: [12]

A Figura 10, a seguir, apresenta o número de documentos de projetos financiados pelo CNPq e CAPES no período de 2011 a 2018 por área de pesquisa (classificação FOS). O dataset referente a esses dados pode ser consultado no Repositório ZenodoClique na Figura para melhor visualização. 

Figura 10 – Número de documentos de projetos financiados pela CAPES e CNPq (2011-2018) por área. Fonte de dados: [12]

FINANCIAMENTO DA PESQUISA NA USP

A Universidade de São Paulo (USP) é uma instituição pública de ensino superior e de pesquisa que, desde sua fundação, mantém um papel de liderança na produção científica e acadêmica brasileira. Seus 270 programas de pós-graduação atraem estudantes de diferentes partes do Brasil, da América Latina e de mais de 50 países ao redor do mundo. Congrega mais de 5 mil docentes e cerca de 82 mil alunos.  Há muitos anos ocupa posição de destaque nos principais rankings internacionais de universidades: Academic Ranking of World Universities (ARWU) [151-200], Times Higher Education World University Rankings [251-300], QS World University Rankings [118] e Webometrics Ranking of World Universities [72].

Além dos órgãos de financiamento citados, na USP, dois órgãos institucionais estão mais fortemente relacionados ao financiamento: (a) AUCANI, a Agência de Cooperação Nacional e Internacional da USP, que divulga oportunidades de intercâmbio e bolsas; (b) Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da USP, que apoia pesquisas, noticia editais e chamadas. As Unidades e Institutos também mantêm serviços que apoiam e divulgam oportunidades de financiamento.

A partir do levantamento realizado na Plataforma InCites, foi possível ranquear os Top 20 principais financiadores de pesquisa da USP (2011-2018) a partir do número de documentos publicados no período de 2011 a 2018, conforme apresentado na Figura 11, abaixo. Observa-se uma correlação positiva entre financiamento estrangeiro e percentual de colaboração internacional, com respectiva elevação do impacto de citação normalizado pela categoria (Category Normalized Citation Impact) e percentual de documentos citados. No total, 518 entidades de financiamento concederam subsídios a pesquisadores da USP no período. Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 11 – Top 20 financiadores da pesquisa USP por nº de documentos (2011-2018) [13]

As três principais entidades financiadoras da pesquisa da USP nos períodos de 1980 a 1999, 2000 a 2010, e 2011 a 2018 foram FAPESP, CNPq e CAPES, como demonstra o gráfico a seguir (Figura 12). Observa-se que, ao longo das décadas, houve um significativo aumento do financiamento de pesquisas (ou das menções de financiamento) nos documentos indexados. 

Figura 12 – Top 3 financiadores da produção USP pelo número de documentos (1980-2018).[13]

Relacionando os Top 10 maiores financiadores de acordo com percentual de co-autorias internacionais, observa-se que a pesquisa financiada por entidades externas ao país apresenta um nível mais elevado de percentual de colaborações internacionais, conforme apresentado na Figura 13, a seguir.

Figura 13 – Top 10 financiadores da pesquisa USP e percentual de colaborações internacionais. Fonte de dados: [13]

Por meio do levantamento realizado, foi possível determinar também o percentual de artigos publicados por autores USP e respectivos quartis das revistas: Q1, Q2, Q3 e Q4, com números positivos e consistentes. A Tabela a seguir (Figura 14) mostra também como os artigos de projetos patrocinados apresentam significativos percentuais de alta citação (% Highly Cited papers) e percentual de artigos “quentes” (% Hot Papers), índices que aumentam sempre quando há financiamento de entidades externas ao Brasil. Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 14 – Top 20 principais financiadores pelo nº de documentos publicados de projetos financiados e respectivos indicadores de posicionamento nos quartis das revistas (2011-2018). Fonte de dados: [13]

Com relação ao acesso aberto (open access), o levantamento revelou que a proporção de documentos em acesso aberto gerados a partir de projetos realizados com financiamento público, embora tenha evoluído ao longo das décadas, ainda é baixa. A Figura 15 apresenta esses dados a partir dos três maiores financiadores da pesquisa da USP: CAPES, CNPq e FAPESP, de 1980 a 2018. Em azul estão representados os documentos publicados em acesso aberto. Clique na Figura para melhor visualização. 

Figura 15 – Proporção de documentos de autores da USP publicados em acesso aberto – CAPES, CNPq e FAPESP (1980-2018). [13]
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Poucos estudos se concentram nos órgãos de financiamento como unidades de avaliação, mas isso pode mudar, à medida que os sistemas de informação se tornem mais integrados e as informações estejam mais acessíveis. Iniciativas como o FunRef da Crossref sinalizam avanços nesse sentido. 

Não se ignoram as limitações associadas ao uso de dados de financiamento recuperados dos textos de agradecimentos ou de rodapés de artigos: podem produzir falsos positivos e falsos negativos, a taxa de atribuições imprecisas é pelo menos 25%, as atribuições imprecisas podem ter, elas próprias, vieses no nível de campo [1]. Mesmo assim, insights significativos podem ser obtidos a partir da análise desses dados. De qualquer modo, os sistemas de financiamento devem evoluir para possibilitar maior transparência e rastreabilidade de dados. 

Os resultados do levantamento realizado na Plataforma InCites mostram que as publicações de pesquisas patrocinadas por subsídios alcançaram significativo impacto, em termos de classificação de periódicos e contagem de citações. Aparentemente, alguns financiadores tiveram produtividade maior do que outros. A maior produtividade está associada às áreas de Ciências Naturais, Engenharias e Tecnologias, e Ciências Médicas. Há indícios também da presença de múltiplos fundos correlacionando-os positivamente com o desempenho geral de citações. Publicações de projetos financiados por órgãos internacionais alcançaram desempenho superior em termos de co-autorias internacionais e percentual de documentos citados. Em geral, solicitar financiamento a órgãos externos ao país aumenta as chances de ser citado e de publicar em revistas científicas de prestígio e alto impacto. Isso significa também que é necessário associar-se a equipes científicas destacadas e/ou grandes grupos de pesquisa, além de manter-se conectado a pesquisadores produtivos, para produzir mais e melhor. A proporção de publicações em acesso aberto ainda é pequena em relação ao total de publicações associadas a projetos financiados com recursos públicos, mas vem aumentando nos últimos anos. 

Maior transparência nas definições estratégicas de apoio à pesquisa e relatórios de recursos financeiros investidos, assim como estudos sobre o impacto social da pesquisa financiada podem reduzir gastos e aumentar a equidade e o acesso a financiamentos. 


== Referências e Notas ==

[1] KLAVANS, Richard; BOYACK, Kevin W. Research portfolio analysis and topic prominence. Journal of Informetrics, v. 11, n. 4, p. 1158-1174, Nov. 2017. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1751157717302110> Acesso em: 21 jun. 2018. https://doi.org/10.1016/j.joi.2017.10.002

[2] TIKLE, L. How can we stop big science hoovering up all the research funding? The Guardian, May 2015. Disponível em:<https://www.theguardian.com/higher-education-network/2015/may/27/how-can-we-stop-big-science-hoovering-up-all-the-research-funding> Acesso em: 11 julho 2018.

[3] ALBERTS, B. The end of “Small Science”. Science, Sept. 2012. Disponível em:<http://science.sciencemag.org/content/337/6102/1583> Acesso em: 11 julho 2018.

[4] MALLAPATY, S. Paper authorship goes hyper. Nature, Jan. 2018. Disponível em:<https://www.natureindex.com/news-blog/paper-authorship-goes-hyper> Acesso em: 11 julho 2018.

[5] FORTIN, J-M.; CURRIE, D.J. Big Science vs. Little Science: How Scientific Impact Scales with Funding. PLOS One, Jun. 2013. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0065263

[6] BRASIL. Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Brasil: Dispêndio nacional em ciência e tecnologia (C&T), em valores correntes, por atividade, 2000-2015. Disponível em:<http://www.mctic.gov.br/mctic/> Acesso em: 11 jul. 2018.

[7] CNPq executa todo o orçamento previsto de 2017. Brasília, dez. 2017. Disponível em: <http://cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/5969266>

[8] CNPq. Mapa de investimentos. Disponível em:<http://cnpq.br/web/guest/mapa-de-investimentos-novo#> Acesso em: 11 jul. 2018. 

[9] CNPq Painel de Investimentos. Disponível em:<http://cnpq.br/painel-de-investimentos> Acesso em 11 jul. 2018. 

[10] DAVIDOVICH, L. Financiamento em crise. Pesquisa FAPESP, 256, junho 2017. Disponível em:<http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/06/19/financiamento-em-crise/> Acesso em 12 jul. 2018.

[11] WORLD. Funding Agencies. InCites dataset updated 2018-06-16. Includes Web of Science content indexed through 2018-04-29. Exported date 2018-07-03-19. Schema: Web of Science. [Parâmetro padrão].

[12] BRAZIL. Funding Agencies. InCites dataset updated 2018-06-16. Includes Web of Science content indexed through 2018-04-29. Exported date 2018-07-03-19. Schema: Web of Science. Location: [BRAZIL].

[13] UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Funding Agencies. InCites dataset updated 2018-06-16. Includes Web of Science content indexed through 2018-04-29. Exported date 2018-07-03-19. Schema: Web of Science. Organization Name: [Universidade de Sao Paulo].

[Data set]

DUDZIAK E.A. (2018). InCites Analysis of Funding Agencies Brazil and Universidade de Sao Paulo [Data set]. Zenodo. http://doi.org/10.5281/zenodo.1317042

Sobre o InCites

O InCites (Clarivate Analytics / Thomson Reuters) é uma ferramenta online de avaliação de pesquisa personalizada e baseada em citações, que permite realizar análises de produtividade científica e comparação de resultados com parceiros no mundo inteiro. Tomando por base o conjunto de registros da Web of Science, o InCites congrega ferramentas de análise e métricas que ensejam quantificar e qualificar os resultados de pesquisa. Ainda que o impacto de uma pesquisa possa ser medido de várias maneiras, incluindo métodos qualitativos e quantitativos, todos os métodos têm limitações e os resultados gerados por esses métodos devem ser interpretados com ressalvas. O InCites provê esse tipo de análise: relatórios personalizados de autores, organizações, regiões, áreas de pesquisa, artigos, trabalhos de eventos e agências de fomento podem ser obtidos a partir de ajustes simples de parâmetros. O acesso à Plataforma InCites é feito pelo link https://incites.thomsonreuters.com, mediante cadastro de usuário, por meio de IP de computador reconhecido pela USP ou acesso remoto pelo VPN/USP. O Web of Science Core Collection é a fonte de dados do InCites e contém dados de financiamento mencionados nas publicações, incluindo nomes de agências financiadoras e números de concessão. 

Informações de financiamento disponíveis na Plataforma InCites:

Os nomes de agência e os números de concessão que são capturados da seção agradecimentos de um artigo exatamente como nomeado. As informações de financiamento do InCites também são complementadas com dados de MEDLINE e Researchfish. Consulte também:https://clarivate.libguides.com/incites_ba/aboutdata.

Que tipo de análise você pode fazer no explorador de Agências de Financiamento do InCites?

1. Compare as agências de financiamento usando as métricas do InCites / Web of Science

2. Analise a evolução da produção científica financiada, seu percentual de internacionalização e impacto 

3. Faça uma análise de co-financiamento de pesquisas

4. Identifique financiadores que apoiaram o trabalho em um campo de conhecimento ou em um tópico

5. Filtre por agência de financiamento em outros exploradores do InCites.

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Como citar este post [ABNT/NBR 6023/2002]:

DUDZIAK, E.A. Quem financia a pesquisa brasileira? Um estudo InCites sobre o Brasil e a USP. São Paulo: SIBiUSP, 2018. Disponível em: <> Acesso em: DD mês. AAAA.


Essa matéria integra a série de artigos que serão publicados sobre a produção científica da USP utilizando distintas plataformas de análise bibliométrica disponíveis na Universidade.

Parte 1 – Internacionalização e impacto da produção científica da USP: tendências positivas no horizonte – um estudo SciVal (Elsevier)

Parte 2 – Interesse mundial e a produção científica do Brasil e da USP – um estudo SciVal (Elsevier)

Parte 3 – Quem financia a pesquisa brasileira? Um estudo InCites sobre o Brasil e a USP.

Parte 4 – Reputação e confiabilidade da pesquisa: produção intelectual e visibilidade da USP – um estudo BDPI (SIBiUSP).