Palestra na USP sobre a Política para Acesso Aberto da Fapesp esclareceu pontos importantes para os pesquisadores

Palestra sobre a “Política para Acesso Aberto às Publicações Resultantes de Auxílios e Bolsas FAPESP” proferida pelo Prof. Dr. Carlos Henrique Brito Jr., Diretor Científico da FAPESP, reuniu ontem (15 de abril) docentes, funcionários e os Pró-Reitores da Universidade de São Paulo.

A FAPESP lançou em 21 de março de 2019 sua política para acesso aberto a publicações científicas. Autores de artigos que resultem, total ou parcialmente, de projetos e bolsas financiados pela Fundação deverão divulgá-los em periódicos que permitam o arquivamento de uma cópia do trabalho em um repositório público, onde possa ser consultado na web por qualquer pessoa. Confira o texto na íntegra em: http://www.fapesp.br/12632

O Prof. Brito iniciou sua fala abordando a importância da Comunicação Científica, uma das bases para o avanço do conhecimento. O acesso mais abrangente possível aos resultados da pesquisa científica contribui decisivamente para o desenvolvimento social, econômico e cultural das nações. 

Destacou que os autores têm total liberdade para escolher a revista onde desejam publicar seus artigos, desde que se possa depositar uma cópia da versão final do artigo em um repositório. Ressaltou que a Fapesp não vai interferir na escolha dos autores.

O depósito da cópia da produção científica, que pode ser post-print (versão aprovada pelo editor) ou o próprio arquivo pdf do artigo, deverá ser feito assim que o paper for aprovado para publicação ou em prazos compatíveis com as restrições de cada revista – algumas delas impõem períodos de embargo entre seis meses e um ano. As normas adotadas por editoras ou sociedades científicas em relação ao acesso aberto de artigos de suas publicações podem ser consultadas on-line por meio do website Sherpa Romeo http://sherpa.mimas.ac.uk/romeo/index.php?la=pt

Reconhecendo o papel essencial das Bibliotecas, o Prof. Brito afirmou que, nesse momento, as Bibliotecas assumem um novo papel que é o de expor/facilitar o acesso mundial ao conhecimento gerado pela comunidade científica. Ainda segundo ele, os pesquisadores não devem ser onerados com relação a essa atividade, cabendo às Bibliotecas realizar o processo de upload dos arquivos no Repositório da Instituição. 

O Prof. Brito destacou também que o Repositório Institucional não pode ser encarado como um depósito, ao contrário, deve ter agilidade, vitalidade e defender o interesse institucional (visibilidade, atribuição, regras dos publishers).  

A Universidade de São Paulo mantém desde 2012 a Biblioteca Digital da Produção Intelectual (BDPI) – http://www.producao.usp.br – que é o Repositório Institucional oficial da produção intelectual (científica, artística, acadêmica e técnica) da USP, em consonância com a Política de Informação da Universidade definida na Resolução nº 6.444, de outubro de 2012. É um sistema de gestão e disseminação cujo objetivos são:

  • Aumentar a visibilidade, acessibilidade e difusão dos resultados da atividade acadêmica e de pesquisa da USP por meio da coleta, organização e preservação em longo prazo.
  • Facilitar a gestão e o acesso à informação sobre a produção intelectual da USP, por meio da oferta de indicadores confiáveis e validados.
  • Integrar-se a um conjunto de iniciativas nacionais e internacionais, por meio de padrões e protocolos de integração qualificados e normalizados.

Os autores devem procurar as Bibliotecas das suas Unidades, Institutos e Centros para receberem orientações sobre o depósito de sua produção científica na Biblioteca Digital da Produção Intelectual (BDPI) da USP.