NA MÍDIA: Os novos rumos do conhecimento

 

DOCUMENTAÇÃO

Para comemorar 30 anos de atividades, Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP promove congresso internacional com 380 participantes do Brasil e do exterior

Com uma rede integrada por 44 bibliotecas em nove cidades, o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP completa 30 anos de atividades. E se consolida como o maior sistema integrado de bibliotecas universitárias da América Latina. Para comemorar, vem desenvolvendo diversas atividades. Nos últimos dias 7 e 8 de outubro realizou um congresso internacional no Memorial da América Latina. O evento reuniu 380 pesquisadores e professores de notório saber nas áreas de literatura, pesquisa e inovação tecnológica.
“O congresso teve como meta refletir sobre o passado e prospectar o cenário de atuação do sistema para os próximos 20 anos”, explica a diretora do Sibi, Sueli Mara Soares Pinto Ferreira. “A apresentação foi feita a partir de quatro temas principais: o futuro do livro, do acesso ao conhecimento com necessidades especiais, da produção científica e intelectual e das bibliotecas.”
Para procurar pontuar os novos rumos do conhecimento, foram convidados especialistas do Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Hong Kong, Holanda, Portugal, Noruega e Reino Unido. “A primeira mesa tratou do futuro do livro frente às novas tecnologias de informação e comunicação”, esclarece Sueli. “Foi analisada a interação dos usuários com os novos formatos de acesso ao conhecimento. Na segunda mesa, trouxemos a discussão sobre o acesso ao conhecimento a pessoas que possuem algum tipo de deficiência, dificuldades de aprendizagem ou sociais.”


Projeto pioneiro –
 O Sibi vem garantindo o futuro do livro e do acesso ao conhecimento desde 1981. Quando foi criado, o sistema marcou uma revolução à época, passando a integrar as atividades que vinham sendo desenvolvidas por diversas bibliotecas isoladamente. Naquele momento pautava-se em propostas sugeridas no Seminário de Bibliotecas Universitárias, ocorrido em Brasília em maio de 1974.

“As bibliotecas se converteram em centros de decisiva importância nas universidades”, destaca Sueli. “Centros cujas características operacionais devem atender às demandas de seus usuários, agilidade de acesso, facilidade para uso, rapidez, atualidade, precisão e confiabilidade das informações nos diferentes graus de especialização.” Inicia-se com o conhecimento registrado em suportes físicos e acesso presencial à informação disponível nas próprias bibliotecas, com a formação dos respectivos acervos. Nessa trajetória busca alinhar-se aos avanços constantes e inevitáveis do ensino, pesquisa e extensão, com racionalidade de esforços e de recursos humanos, administrativos e financeiros.
Hoje, 30 anos depois, o Sibi reúne cerca de 800 profissionais. “O foco orientador, identificado em 1974, permanece atual e urgente.

Evento do Sibi no Memorial da América Latina: o futuro das bibliotecas

Não obstante, sua discussão é vista sob novos prismas e olhares, e sua operacionalização ocorre de maneira diversa, cada vez mais pautada no avanço das tecnologias digitais”, destaca a diretora Sueli.
Os produtos, serviços e projetos do Sibi se desenvolvem em duas vertentes principais. A primeira é aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção intelectual da USP. A segunda, fomentar a formação e desenvolvimento de competências no uso, acesso e produção de informação da comunidade USP nas suas distintas áreas de atuação.
“A vertente focada na produção intelectual desta universidade abrange diversas atividades para ampliar a qualidade e, consequentemente, a visibilidade, oferecendo ações diretas, de forma individual e coletiva, aos processos de comunicação e edição científicas. O foco atual e prioritário se concentra na discussão da política institucional de informação para a USP para o acesso aberto à sua produção, de forma plena e irrestrita”, afirma a diretora. Na segunda vertente, sobressai a importância da articulação e construção de ações educativas em parceria com professores, alunos e funcionários. Neste processo, a meta é mobilizar conhecimentos, habilidades e ações que levem ao aprendizado constante para a solução de problemas informacionais com propostas inovadoras.
Sueli lembra que novos desafios vão se descortinando. “O acesso aberto à produção do conhecimento em âmbito universal, a revisão do modelo de cessão dos direitos autorais dos resultados de pesquisa a favor de licenças não exclusivas, a segurança e gerenciamento de dados, o acesso e recuperação, de maneira integrada, de conteúdos disponíveis em bibliotecas digitais, a conservação e preservação de acervos impressos e digitais, a formação e competência no uso da informação e na formatação de produtos científicos de qualidade e a internacionalização de serviços e produtos são os temas que perpassam a rotina do SIBiUSP. Afinal, ultrapassar fronteiras é mergulhar na construção de uma universidade de excelência.”

Fonte: http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=19018